domingo, 25 de julho de 2010

Sem apagar os caminhos que caminhou!



Eu conto nos dedos das mãos, e ainda de forma incompleta, a quantidade de relacionamentos, rolos ou adjacentes que eu tive. Meu primeiro beijo foi aos 12 anos de idade, aos 16 comecei um namoro que durou 11 anos, terminou ano passado aos 27, e hoje eu tenho 28. Mas esse relacionamento terminou algumas vezes e me relacionei com outras pessoas nesses intervalos. Se não fosse por isso os dedos de uma só mão seriam suficientes para falar da minha vasta experiência amorosa! Agora sabe o que essas relações têm em comum? O pós – relacionamento. É que eu sou amiga ou me dou bem com todos eles, todos, sem exceção!

Essa semana eu descobri que um ex-rolo vai ser pai. Nosso relacionamento foi rápido, ele se envolveu, eu não, e por isso achei melhor não insistir mais e manter o respeito e a amizade. Assim que eu soube da notícia, liguei e tivemos uma conversa linda, muito bacana. Eu fiquei muito feliz porque sinto, de verdade, que ele será muito feliz. Algumas amigas souberam da ligação e disseram: “só Sandryne mesmo pra fazer isso!”. Eu soube do espanto delas com um espanto ainda maior do que o delas. Talvez porque eu não tenha entendido a razão.

Por que as pessoas acham estranho quando “exs” qualquer coisa se dão bem? Isso não deveria ser o comum? Você conviveu, compartilhou, gostou, até amou alguém e porque se separaram não podem ser amigos? Isso sim é bem esquisito pra mim. Um dos meus exs namorados me traiu (com uma mulher, vale salientar, logo abaixo vocês entenderão o porquê desse parêntese), eu soube, terminei e tempos depois descobri que ele virou (ou já era, né?) gay! Pois é, meus caros, pouca experiência, mas intensa: já namorei um gay, sem saber, claro, mas agora nem importa...podem me zoar! E ainda assim me dou bem com ele, dupla traição, poxa! Mas, enfim, isso tem mais de 12 anos e quero mais é que ele seja feliz!

Claro que ao sair de um relacionamento que rolou sacanagem ou que um se machucou mais do que o outro é difícil, de imediato, ter uma convivência bacana. Mas só não vale alimentar e encarar tal situação como natural. Novos caminhos serão construídos, mas não é por isso que se deve apagar as pegadas por onde caminhou. Nem sempre há razão para aumentar uma distância que naturalmente acontecerá evitando a tal pessoa ou tratando-a com indiferença. No fim das contas, o melhor pra quem fica e pra quem sai é tentar se dar bem, é querer bem, seguir em frente e levar consigo só o que foi bom, até porque, como diz o Alexandre Carlo do Natiruts “ódio e rancor não dão em nada”. E não dão mesmo!




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