sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010...

2010. Talvez o ano mais intenso de toda a minha vida. Tantas coisas aconteceram nesses 365 dias, mas eu consigo fazer claramente uma retrospectiva dele na minha mente e no meu coração. Talvez porque 2009  foi o ano mais difícil que já vivi, entrei em 2010 com muita esperança, muita fé e determinação de que dias melhores viriam, e vieram.

Em janeiro eu tive alta da minha terapia e ganhei, no fim das contas, uma grande amiga, a Alê. Em fevereiro nasceu esse blog, o Na próxima esquina, que me ajudou (e ajuda) tanto a entender  melhor o que se passa comigo. Em março eu recebi o convite para fazer parte do blog 7 Cronistas Crônicos, um espaço que me dá tanto orgulho e prazer de fazer parte. No mesmo mês voltei pela segunda vez pra Noronha, o meu paraíso na terra. O lugar que eu costumo dizer que salvou a minha vida em 2009.

Foi em meados de abril que eu percebi que havia conquistado a confiança dos meus colegas de trabalho de uma maneira mais sólida. As pessoas acham que passar num concurso público garante tudo, mas é comum você encontrar nesses lugares muita competição, pedra no sapato e puxão de tapete. Hoje posso dizer que tenho amigos no trabalho, e não mais apenas colegas de profissão.

Em julho eu consegui comprar meu primeiro carrinho zero. Meu uno João Francisco Way. Foi um desafio tão grande decidir comprá-lo e devo ao meu primo Estevinho o impulso, a companhia e alegria de estar comigo num momento tão esperado. No mesmo mês eu perdi Savinho. Talvez eu nunca me recupere plenamente de sua partida. Ainda ouço seus latidos pela casa, seu cheiro no quarto, sua companhia ausente, mas sei que Deus fez o melhor para ele, pra nós.

No final de setembro eu viajei para a Europa. Revi minha irmã, conheci verdadeiramente e me apaixonei pelo meu cunhado, conheci 4 dos outros 6 cronistas do blog, fiz grandes amigos inesperados e passeei por lugares incríveis, vivi momentos inesquecíveis. Voltei no final de outubro, cheguei num dia e no outro viajei para Salvador para o casamento do meu querido Jorge. Fui com a minha irmã de alma, Dani. Não viajávamos sozinhas há muito tempo, foram dias especiais para nós e ainda conheci o 5 cronista do blog.

Em novembro eu recebi um convite para ensinar num cursinho para concursos na área de arquivologia. Um desafio, uma proposta inovadora, e eu aceitei. Hoje me sinto à vontade numa sala de aula e até me acostumei a ser chamada de professora.  Há poucos dias recebi uma proposta para ensinar em outro cursinho...parece que 2011 será de boas oportunidades de trabalho, que bom.

Mas dentre todas as emoções vividas, nada se compara à compra do meu apartamento. Eu sonhei a vida inteira com isso. Só quem sempre morou de aluguel e era nômade como eu e minha família poderá entender o que significar ter “um chão”. Eu não planejei comprá-lo agora, mas assim como eu vinha pedindo a Deus, ele chegou até mim de uma forma muito leve, natural. E numa oportunidade imperdível, que aos trancos e barrancos, na luta e na garra (como diz meu pai), eu consegui alcançar.

2010 foi um ano de renascimento. De colocar sentimentos em ordem, apesar de sentir que essa é uma tarefa diária e que talvez para sempre seja. De recomeçar a sonhar, a planejar, a viver e não mais só querer passar pela vida. Não me vem outra palavra para definir este ano. Ele foi mesmo marcante, importante...intenso. E que venha 2011, e ainda melhor. Para todos nós.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

7CC - Oportunidade e Liberdade

A partir de hoje vou começar a linkar os meus textos do blog 7 cronistas crônicos aqui Na próxima esquina.

É meio que um de trás para frente, do último texto ano de 2010 em diante, mas é uma forma de fazer a minha parte com a divulgação desse blog coletivo de crônicas que eu tanto amo.

Hoje eu falei sobre a relação entre a oportunidade e a liberdade. Confiram se puder!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Comer, rezar, amar



Eu tive que me conter para não escrever nem publicar esse texto antes. É que eu achei melhor esperar o filme sobre o livro sair dos cinemas e também achei que seria bacana me dar um tempo para sentir saudades de uma grande amiga. A amiga é a Liz, a Elizabeth Gilbert. O livro que teve o filme baseado nele é o “Comer, rezar, amar”. Sem dúvidas, o livro mais marcante do ano para mim.       

Eu fui indicada a ler esse livro por Dani, minha melhor amiga há mais de 15 anos e que me conhece às vezes melhor do que eu mesma. Eu lembro bem do que ela me disse quando começou a lê-lo: “Dyne, tu tem que ler esse livro. Eu lembro o tempo inteiro de você”. E com livros, a indicação dela é sempre boa, com filmes nem tanto, mas essa é uma outra estória.

Foi amor à primeira lida. Eu tive uma empatia absurda com a Liz. Viramos amigas de maternidade na primeira página. Íntimas e confidentes. E por tabela, ela me apresentou o Richard do Texas que se tornou o nosso irmão mais velho. Caramba, como ele falava pra mim. Eram tantas as diretas e indiretas certeiras dele, que era comum eu ir dormir chorando tamanho o impacto de suas palavras. É que eu passei a ouvir pelos ouvidos da Liz, a me emocionar com ela. E acabei vendo a Itália, a Índia e a Indonésia pelos seus olhos também.

Eu começei a ler o livro algumas semanas antes de viajar para a Europa e levei-o comigo na viagem. Só que como ele é grande e eu tinha que economizar espaço no mochilão, não o levei para Londres, Paris, Barcelona e Madri. Eu nunca senti tanta falta de um alguém que eu nunca vi na vida como senti falta da Liz. Eu sempre imaginava o que ela estava fazendo na India (parte do livro que eu tinha parado) e no que o Richard estaria dizendo para ela.

Pois é, os livros tem esse poder de fascínio comigo. Eu viajo mesmo na estória. Entro de cabeça e me transporto para o dia, hora e local dos acontecimentos. Eu me entrego à literatura e me permito moldar e mudar por ela. E foi bem assim com Comer, rezar e amar. Eu aprendi muito com os erros e acertos da Liz, com os conselhos do Richard, com tudo que ela viveu e as formas como lidou.

O filme é lindo, mas incomparável – naturalmente – ao livro. Esse livro é um daqueles que vale a pena passar adiante como uma notícia boa. E assim eu fiz em Portugal com uma amiga linda que conheci por lá, a querida Jujuca. Comprei o livro para ela no dia da minha volta e deixei com a minha irmã para entregá-la. Eu só espero, como coloquei na dedicatória, que o livro faça (ou, a essa altura, tenha feito) tão bem a Juliana como fez a mim. E que bem ele me fez...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Satisfação


Caramba, como eu estou sumida.
Há tempos não cruzo essa esquina, não encontro comigo mesma.
A concentração para escrever tem fugido, tem escapado.
A que surge eu deposito nos 7 Cronistas, é uma questão de responsabilidade, de compromisso mesmo.
Mas sempre penso nesse espaço, sempre. E prometo voltar a ser mais assídua porque é aqui onde posso ser verdadeiramente plena e completa.
Por hoje foi só uma satisfação. Eu volto aqui em breve. Prometo.