sexta-feira, 23 de julho de 2010

O dia que eu fui (de alguma forma) ao show do Pearl Jam



Dia 10 de Julho de 2010 eu realizei um sonho, ou melhor, a minha irmã e o meu cunhado realizaram um dos meus grandes sonhos para essa vida. Eu escutei a voz estonteante do Eddie Vedder, o som singular da guitarra do McCready e do Gossard, o inconfundível baixo do Jeff Ament e a batida grungeana do Matt Cameron. Eu "vi" e ouvi o Pearl Jam (PJ), meus caros, a minha banda preferida...por telefone, é verdade... mas eu ouvi!

Desde que a minha irmã me disse que ia para o show do PJ (tadinha, ela não ficou tão a vontade ao me contar), não teve um só dia que eu não pensei nisso. “Caramba, minha irmã vai ver os caras ao vivo, tipo frente a frente...meu Deus!!!” Eu sonhei com o show dormindo, acordada, imaginei mil cenas, viajava nas músicas que eles cantariam e depois de várias conversas e e-mails, eu e ela decidimos que eu escolheria 3 músicas para ela me ligar de lá.

Eu fiz uma verdadeira análise combinatória no check list da turnê para chegar mais próximo às possibilidades da banda tocar uma determinada música. Não ia adiantar nada eu escolher um som que eu amasse se os caras não tocassem. Eu cheguei a umas 10 e a número 1, a que tinha 78% de chance deles tocarem era a alucinante Given to Fly. Nos últimos 4 shows, antes de Portugal, os caras tocaram-na em todos eles, ou seja, o percentual de chances subiu para 100%. Combinamos tudo, enviei as músicas em MP3 para ela saber quais eram e pronto!

Chega o dia do show e eu já acordo com dor de barriga. Eu estava muito ansiosa. Logo em seguida recebo uma mensagem de Aya: ” estou indo para o show”, voltei para o banheiro na hora! Como dizem minhas amigas, meu estômago estava repleto de “borboletas”, imagina a cena! O tempo não passava...chegava meia noite e não chegava a hora de ela me ligar. Deixei o celular carregando mais de 12 horas (sabe-se lá, né não?) e como eu estava na Praia do Francês (AL), meu lugar seguro era onde o sinal estava mais ativo.

De repente o telefone toca: “Aya Portugal” , aí danosse, o treme treme começou e lá vai eu: “ alôôô Ayaaaaa”, aí ela: “escuta Dyneeeee”. E eu não escutava bulhufas! E olhe que eu conheço bem o repertório do PJ, mas o som estava distorcido, que meleca! Cai a ligação. Poucos minutos depois ela liga de novo e advinha? GIVEN TO FLY. O som estava super nitído e ainda deu tempo de escutar os primeiros acordes. No refrão não deu mais pra conter a emoção, eu cantava, chorava e dançava, tudo de uma vez.

Ela ainda me ligou em Black (os caras raramente tocam Black, diga aí?), Nothingman, Betterman e Even Flow. Eles tocaram In Hiding – que eu amo demais e é pouco conhecida – não havia indícios dela nos últimos 20 shows. Quando tudo terminou ela me ligou e conversamos um tempinho. Ela me disse que nem no primeiro show do U2 (banda que ela é super fã) ela chorou tanto como nesse. Ela disse que me via ao seu lado, que era para eu estar lá e tal...aí eu chorei o resto das lágrimas que sobraram.

Certamente não foi a mesma emoção que imagino que será quando chegar a minha vez de vê-los ao vivo, mas de verdade: eu fiquei muito feliz de saber que ela estava lá. Se não for para eu realizar um sonho meu, que seja alguém que eu ame a realizar e a minha irmã foi com certeza a melhor representante para esse. Um dia eu ainda vou num show do Pearl Jam, em vários, se Deus quiser, disso eu tenho certeza. E quem sabe não será com ela? Quem sabe em 2012? Quem sabe em Londres? Mas isso são cenas para um próximo capítulo....!

2 comentários:

  1. Caramba, Sandryne. Me senti lá também! Um dia eu também vou, vamos juntas? hehehehe!!

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  2. A emoção e á frustração se misturavam neste dia. Emoção de realizar um sonho teu e claro ver uma grande banda e a frustração de não te ter do lado. Mas oportunidades viram com certeza!Te amo

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