sábado, 5 de junho de 2010

Welcome ( Bem Vindo)


Welcome (Bem Vindo) é um filme francês que foi uma grata surpresa de uma chuvosa sexta-feira à noite. O filme trata de jovem iraquiano, o Bilal (Firat Ayverdi ), que tenta chegar ilegalmente à Inglaterra para encontrar a namorada e torna-se um jogador de futebol do Manchester. Até aí, nada de tão incrível.

Escolhi-o na locadora porque li no verso do DVD a seguinte informação: “Ao ser lançado na França, o filme causou polêmica por discutir a pena de prisão de 5 anos e multa para quem ajudasse imigrantes na França. Após o bom recebimento do público, o Partido Socialista Francês redigiu um projeto de lei batizado de “Welcome”, título original do filme, em que propôs a supressão do chamado “delito de solidariedade””.

Por que um filme influenciaria a política francesa dessa forma? Agora tudo faz sentido. O filme é de uma sensibilidade tão profunda e ao mesmo tempo simples. É um drama, um filme de poucos sorrisos, de faces tristonhas, de clima frio e roupas escuras, mas com um sentido muito humano e de olhares que falam muito mais do que palavras.

Uma fala do filme que mexeu comigo foi quando o Simon (Vincent Lindon) – professor de natação que ajuda o Bilal a encontrar a namorada - numa conversa com sua ex-mulher (mulher essa que ele ainda ama), comenta que o jovem quer atravessar o canal da mancha a nado para encontrar a garota de sua vida em outro país, enquanto ele próprio não foi capaz de atravessar a rua para impedir que ela o deixasse.

Pra variar, chorei no final. Cheguei a pedir “por favor” para que o filme não terminasse como parecia que ia ser, mas, claro, não adiantou. É que quando o desfecho de um filme ou de um livro apresenta-se diferente do “final feliz” que eu gostaria, de imediato, fico triste. Depois de refletir um pouco, de voltar à realidade, eu fico bem. E não apenas aceito “os fins” de tantos personagens fictícios e reais como aprendo com eles, com os rumos que a vida é capaz de dar. E de como temos que seguir em frente, independente de tudo, e assim filmar ou escrever vários finais felizes em nossas vidas por aí.

3 comentários:

  1. Puxa Sandryne, eu também sofro como vc, quando o final não é o que eu gostaria ou desejava... E não costumo voltar ao "normal" facilmente. Mas, gostei de saber da história do projeto de lei "Welcome" e, certamente, irei assistir. Obrigada pela dica. Beijo! Fla

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  2. O filme não é um conto de fadas, nem uma produção panfletária, política. É uma produção que nos faz pensar em motivação, amor e persistência.
    Também chorei no final. Não pelo fim em si. Mas por ver que às vezes, por mais que a gente faça a nossa parte, as coisas não saem como o planejado.
    Coisas da vida!!!

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  3. Ai que curiosidade para assisti-lo agora!

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