quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eles deram certo



Eu terminei de ler os livros Canalha e O Amor esquece de começar do Fabrício Carpinejar. E não me conformo. Não me conformo. Como ele escreve crônicas tipo “A beleza dormindo”, “ Esse gemido”, “ Emprestando roupas ao marido” , “Sei”, “ Desabotoando a camisa da cintura aos seios” e mais tantas outras e depois se separa dessa mulher?

O Carpinejar foi casado com a Ana e para ela escreveu textos incríveis. Dentre os citados acima, ele passeia pelas palavras com dizeres como: “Ponho com orgulho os casacos de minha mulher. Apenas nos momentos em que não posso vestir seu corpo “; “ Não procuro em minha mulher a mudança visível e aberta, mas a permanência que a torna diferente em mim”.

Antes de começar a ler os livros eu fui alertada de que eles já estavam separados. Algo como saber quem morre no final de um filme de suspense. Mesmo assim eu fiquei surpresa, e triste. Já me sentia amiga do casal, íntima de suas intimidades, uma visita constante de suas casas.

No final dos livros (que li ao mesmo tempo alternando as crônicas), refletindo sobre a Ana e o Carpinejar, e sobre mim, sobre os meus relacionamentos, mais uma vez aprendi e reinventei meus conceitos. Eles deram “certo”, claro que deram. No tempo que tiveram, na intensidade que viveram.

Temos uma mania estranha de justificar o fim de uma relação com um “não deu certo” e isso é no mínimo ingrato. Ingrato com os momentos passados, com as lembranças futuras. As pessoas mudam, as circunstâncias da vida mudam, os sentimentos mudam. E não há nada de errado nisso. É o destino que segue, é o amanhã que virá. Eu já me conformo.

4 comentários:

  1. Dryne, minha linda e muiiiiiittttttooooo querida amiga, você é jovem e deve e precisa sonhar, mas sonhe com os pés no chão. Como se sonha com os pés no chão??? Introjete:

    1º) Palavras são PALAVRAS e SÓ!
    2º) As pessoas mentem, inclusive para elas mesmas.
    3º) No mundo há pessoas maravilhosas, altruistas, verdadeiramente boas, mas há também (e infelizmente em maior número)aqueles que são maus pelo simples prazer de o ser.

    Agora escute essa música:
    http://bit.ly/cJEiqQ

    Dizem que o autor fez para a esposa, mas o que consta é que essa mulher "forte" suicidou-se. Por quê? Quem sabe? Mas desconfio que não foi por excesso de amor e cuidado...

    Enfim, não se deixe persuadir, cuidado com o que lê, literatura é literatura, vida é vida. Personagens não apodrecem, seres humanos sim, por isso mantenha-se sóbria.

    A literatura está cheia meias verdades e mentiras lindas. "Eles deram certo", nesse contexto, é uma delas. Se tivesse dado certo, não teria acabado - essa é a verdade, nua e crua.

    Pense: você está cozinhando, mas você perde o ponto ou se descuida e deixa tudo queimar, vai ter que jogar no lixo, não é?! Por quê? Não importa se você 'gastou' uma fortuna no camarão ou no bacalhau e planejou fazer um almoço maravilhoso... deu errado, talvez por sua culpa... ou não. A verdade é que ESTRAGOU. A despeito de todos os seus sinceros (ou não) esforços, estragou. NÃO DEU CERTO e por isso você JOGOU TUDO FORA.

    A esperança é: fazer um curso de culinária no SENAC e prestar mais atenção da próxima vez. kkkkkkkkkk

    FELICIDADE E ESPERANÇA SE FAZ BASEADA EM VERDADES E NÃO EM MENTIRAS.

    Pra você:
    http://twitpic.com/1ln3o7

    Te amo, amiga.
    Te espero sábado, às 11h.

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  2. Cris, flor! Eu entendo você, mesmo! Mas não é literatura ou ilusão não, pra mim é só uma constatação. Beijo.

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  3. Concordo contido Dyne, isso é tão próximo do que conversarmos sempre. Cada amor tem características , peculiaridades, cada amor é diferente.
    Apesar de todo o mal ou bem, momentos foram vividos, se acabou...paciência, mas deu certo naquele momento!

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  4. oi, quero que veja este blog, espero que goste..

    http://gabrielalem.blogspot.com/

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