sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O oposto do Mick Jagger

Quarta e quinta-feira eu fui dormi bem tarde, mais do que eu deveria pelo dia seguinte de trabalho, mas foram bons motivos, ou melhor, excelentes. Quarta-feira, final da Copa do Brasil, Vitória x Santos no Barradão, em Salvador. No outro dia, final da Libertadores e briga pela vaga no Mundial de Clubes, São Paulo x Internacional no Morumbi, em São Paulo. Como sempre, eu e meu pai na frente da televisão. Como sempre, ele vai dormir e eu fico lá até o final, e que finais.

Eu sou apenas Sport Clube do Recife. Não tem essa comigo de torcer por um time em cada lugar e também não tem essa de estado ou região. Eu quero mais é que o Náutico e o Santa Cruz se lasquem e conheçam todo o alfabeto das séries, o Santinha ,por sinal, tá na letrinha D. Que bonitinho!! Só que eu gosto de futebol. Eu quero é ver gol, lances bonitos, passes, dribles e sorrisos. E vencer é sinônimo de sorriso, de gente feliz. Vi isso por dois dias consecutivos porque, como diz meu pai, “ganhar é melhor do que perder”.

Primeiro jogão, os meninos da Vila, o Santos, que vem de uma campanha belíssima desde o início do ano, contra um grande adversário, um dos melhores times nordestinos, devo admitir, o Vitória. Pra quem torcer? Eu sempre gosto de escolher um. Então relacionei alguns motivos para ajudar na decisão: 1) minha família de Sampa é santista; 2) o marido de Iza (minha amigona de Brasília) é santista; 3) eu adoro o futebol do Ganso. Respeitada as devidas proporções, eu sempre me lembro do Zidane quando vejo o Paulo Henrique jogar. O cara joga sem fazer esforço, com lances limpos, com calma e leveza. Ah, tinha outra coisa: quem foi o único clube nordestino a vencer a Copa do Brasil? O Sport. Decidido, vou torcer pelo Santos. Quem ganhou?

Segundo jogo, decisão para a final da Libertadores. São Paulo e Inter, dois clubes mais do que experientes nessa competição. O Inter estava com a vantagem, mas jogar contra o São Paulo no Morumbi não é fácil. Jogo de raça, de pegada, de falhas...e que falha hein, Renan? Senti peninha dele, de verdade. Foi um jogo muito tenso, aquele final com o Rogério Ceni na linha do gol do Renan foi no mínimo angustiante, e exagerado Ceni (aqui entre nós). Sim, mas pra quem torcer? Dessa vez foi mais fácil escolher, se eu fui Santista no dia anterior, era melhor ficar por ali, então vamos torcer pelo Inter...e me diga aí, quem ganhou?

Pois é, descobri que sou “pé quente”, que sou o oposto do Mick Jagger. Vou marcar uma reunião com a diretoria do Sport e dizer que eles precisam de mim por lá, quero passe livre e nas sociais. E se alguém tiver o e-mail do Ricardo Teixeira, gentileza enviar porque eu gostaria de dizer ao Mano que não se preocupe na sua gestão, eu vou torcer pelo Brasil. Quem sabe eu não vejo mais sorrisos por aí!

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