domingo, 10 de abril de 2011

A balança dos 30

Todo mundo sabe que vivemos numa sociedade de consumo que costuma se apresentar pelo que tem e relaciona esse mesmo ter ao poder. Pois bem, por mais comum e até piegas que esse discurso possa ser, infelizmente, ele é a pura verdade. E existe até uma idade imposta, em alguns aspectos, para isso: os 30 anos.

“O que você tem aos 30 anos?” Em minha opinião, essa pergunta (realizada normalmente de outra forma) já surge a espera de uma resposta concreta. Ou melhor, de bens concretos, concordam? Casa, carro, emprego estável ou o próprio negócio e blá blá blá. É, ela espera por isso sim. Mas para as mulheres, essa pergunta vem, além disso, com um peso social extra como brinde. O que você tem aos 30 anos espera a seguinte resposta: sou casada e tenho filhos.

O pior não é a expectativa da sociedade por isso. Acho muito mais complicado a auto expectativa, o desespero, a frustração de muitas mulheres por tal situação, ou melhor, pela falta dela. Eu penso que os 30 anos trazem consigo uma bagagem de maturidade interessante para quem soube viver, de fato, esse período. Tempo suficiente para tentar entender que o bacana mesmo é olhar para trás e colecionar o que viveu, o que sentiu, o que construiu na memória e no coração sem um período determinado para isso.

E sim, eu quero um dia casar (não na igreja) e ter filhos. Porém, antes eu prefiro  construir uma relação bacana, amar de verdade e aí sim ter uma família. Mas por que colocar isso como um peso para aparecer na minha balança quando eu completar 30 anos? Por que caminhar para essa idade com aflição por não ter isso?

Pra mim, a balança dos 30 deve apresentar números que correspondam a sorrisos, a uma maior liberdade para se expressar e viver sem frescuras ou as inseguranças tolas dos 20. Acho que os 30 anos trazem consigo a capacidade de curtir novas (ou iguais) sensações da vida com outras perspectivas e experimentar os benefícios de uma maturidade juvenil, tudo isso com ou sem casa, carro, marido ou filhos.

Definitivamente, acho que vale muito mais a pena ser do que ter. Por isso, vivo os últimos seis meses antes dos 30 com a leveza de quem observa um horizonte à beira mar e acredita na beleza de tantas coisas boas que essa balança apresenta no porvir... 

Um comentário:

  1. HEHE DEIXA CHEGAR AOS 33 FEITO EU VISSE!HEHEHEH MAIS É ISSO MESMO,POR MAIS QUE A VIDA NOS COBRE,TEMOS QUE COBRAR DA VIDA TBM E VIVERMOS SENÃO É COMO AQUELA MÚSICA BEM FAROFA:A GENTE ENDOIDA,A GENTE ENDOIDA!... HEHEHE BJONE/ GUGA

    ResponderExcluir