quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Começando pelo começo...


Depois de quase um mês sem dar notícias e mais de um mês sem escrever para o Na Próxima Esquina, eis que estou de volta. Pensei em começar escrevendo sobre situações gerais que mexeram comigo durante esse tempo, relacionado à viagem ou não, mas acho que é justo compartilhar de uma forma mais pessoal o que vivi nesse período com os poucos que me acompanham.

Então vou começar pelo começo. Embarquei dia 24 de setembro à noite e cheguei em Lisboa no dia 25 pela manhã, só que no mesmo dia, à tardezinha, viajei para Londres. Então tudo tem ínicio, verdadeiramente, na capital inglesa. Primeiro eu me perdi no aeroporto de Lisboa e levei uns 20 minutos para encontrar o meu portão de embarque. Eu estava um pouco nervosa com a imigração, com medo de fazer besteira e ser mandada de volta e assim não passar o aniversário da minha irmã com ela.

No avião, resolvi relaxar e logo fiz amizade com um vôzinho, o Sr. Paul. Ele era um viúvo londrino muito distinto, tinha 75 anos e acabara de visitar sua nova namorada em Lisboa. Nossa amizade começou porque ele me viu lendo um livro em português e logo em seguida viu meu guia de viagens em inglês. Então ele abriu sua pasta e pegou o seu dicionário em português e me mostrou. Antes de nos apresentarmos, fomos presenteados um com o sorriso do outro pela coincidência. Conversamos sobre a vida em si e fiquei feliz em entender a metade do que ele dizia. A outra metade, dependendo da expressão dele, eu só sorria.

Como uma típica marinheira de primeira viagem que não sabia que para comer ou beber em aviões europeus tem que pagar, deixei minha carteira na mochila e não queria incomodar meu velho novo amigo para pegar o din din e jantar, assim resolvi cochilar. Mas para minha surpresa – e alegria, eu estava com muita fome - fui acordada pelo Sr. Paul que gentilmente comprou um sanduíche delicioso para mim de pepperoni e queijo.

Chegamos na terra da Rainha e ao sair do avião tive vontade de voltar. Levei uma rajada de vento absurdamente gelada no rosto que arrepiou até o pêlo do dedo do pé. Eu desci correndo para entrar no aeroporto, pois não havia aquelas cabines que acoplam na aeronave...fomos a pé mesmo. Eu nunca havia sentido tanto frio na vida. Na imigração, uma tranquilidade e logo após ela, o tão esperado abraço, o da minha irmã.

Escrevi mais do que eu queria, e devia. E como isso é um post de um blogue e não o capítulo de um livro, falo sobre Londres em si, a seguir. Em breve, prometo!




2 comentários:

  1. Escreve logo tudo de uma vez... isso é tortura pra gente. Hehehehehe. Beijo e espero que o regresso tenha sido "caliente".

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  2. Do que adianta ter um diário eletrônico e mencionar que disse mais do que devia??? kkk vc é uma graça! Não seja tão platônica, seja atômica!!!! A vida continua, td de bom!

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