terça-feira, 7 de junho de 2011

É mesmo impossível ser feliz sozinho?


Os filmes, as músicas, as novelas, os livros, todos nos conduzem a acreditar que para sermos realmente felizes e realizados na vida temos que ter um par. O solteiro muitas vezes é visto como o solitário, o carente por estar sozinho ou qualquer coisa parecida. E eu posso afirmar isso com certa propriedade. Isso porque virou moda entre alguns amigos e familiares a mania de querer arrumar alguém pra mim.

Eu adoro comédia romântica. Não vou mentir, gosto mesmo. E sim, elas me fazem chorar e acreditar por alguns instantes em príncipes encantados lindos e charmosos. Só que eu enxergo algo além de seus finais felizes. Observe: tente lembrar-se do último filme desse gênero que você assistiu. Ele (o moçinho) ou ela (a moçinha) programou a maneira como se conheceriam ou articularam como seria o primeiro encontro como quem programa uma pipoca no microondas? Não, creio que não. Isso porque o acaso é que fascina (e dá bilheteria). Se tudo fosse metodicamente programado, não teria graça (nem expectadores).

De alguma forma a vida também é assim. Eu realmente acredito que relacionamentos amorosos não se procuram ou programam. Eles são achados, eles simplesmente acontecem. E quem disse que eu quero viver um grande amor agora? Não queridos, eu não quero. Ou melhor, pode até acontecer, claro que pode, mas não procuro o pacote completo: marido + casa + filho. Na verdade não procuro nada, só me sinto livre para ser achada. Eu quero mesmo é aproveitar os momentos, viver as oportunidades e não sentir receio de me entregar às sensações que eles poderão me causar. Quem sabe assim, como quem não quer nada, o amor se lembra de recomeçar?

Mas independente disso, eu estou feliz, ou melhor, eu sou feliz. E sozinha. E solteira. Desculpem-me o Tom e a sua poética e sonora wave, mas eu tenho que discordar de vocês: não acho impossível ser feliz sozinho! Para isso, basta gostar de si mesmo, muitas vezes da solidão da sua própria companhia. Basta escolher a maneira mais positiva de encarar as circunstâncias dos caminhos percorridos e estar verdadeiramente aberto para sentir a vida, sozinho ou acompanhado.

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