sábado, 21 de maio de 2011

Para sempre cronista




Eu acho que quase tudo nessa vida tem início, meio e fim. Há situações (ou relações) que pulam a etapa de um começo de ciclo e parecem, de imediato, já estarem na metade do caminho. Assim como existem outras que finalizam durante a trajetória, como uma rua sem saída ou um meio sem final. Ou não. Talvez elas apenas estejam como tinha que ser.

O blog 7 Cronistas Crônicos acabou. E é com muita tristeza que eu escrevo isso nesta esquina. Não sei se ele terminou muito cedo, na hora certa ou tarde demais. As razões só cabem a nós, mas cada um dos cronistas deve sentir esse fim de formas distintas. Pra mim, é um relacionamento que terminou durante uma crise que poderia ser superada. Entretanto, nós somos sete pessoas e não apenas dois. Por mais que a diferença fosse uma de nossas principais características, ela tem suas consequências.

O problema, pra mim, é que além de sentir a perda da escrita coletiva, sinto pela perda do convívio, mesmo que virtual, com amigos. Especialmente aqueles que se tornaram referências como Gustavo, Rafael e Guilhoto. Eu aprendi muito com cada um ali, mas ele três são importantes demais. Eles escrevem com o coração. Eles são apaixonados pelo ato de escrever e assumem isso com textos despidos de qualquer julgamento. Não tinha como eu não me identificar.

Um ano, um mês e dezoito dias. Tão curto e ao mesmo tempo tão intenso, tão verdadeiro. Os 7CC já fazem parte da história da minha vida. Por tudo que representou pra mim. Pelo estímulo à leitura, pelo resgate do prazer de ler e escrever, pela troca, pela soma, pelo dividir. Da equipe que começou o blog, só falta eu conhecer pessoalmente o Rafa. Um simples detalhe, já que nos falamos sempre e estamos com data prevista para o abraço de verdade. É que a nossa amizade não quer ser apenas virtual.

Eu sabia que a blogosfera era grande demais e que talvez eu não encontrasse parceiros com os quais eu me identificasse tanto como aconteceu com alguns deles. E isso me aflingiu. Se fosse só escrever, eu escreveria aqui no meu blog, como continuarei. Mas acho que me acostumei com a escrita coletiva e não queria parar. Foi aí que eu percebi, através de emails trocados entre nós, que alguns ainda resistem à separação como eu. Parece que esse ciclo, de alguma forma, ainda não chegou ao fim. Ou não. Talvez seja apenas o começo de um novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário