quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Comer, rezar, amar



Eu tive que me conter para não escrever nem publicar esse texto antes. É que eu achei melhor esperar o filme sobre o livro sair dos cinemas e também achei que seria bacana me dar um tempo para sentir saudades de uma grande amiga. A amiga é a Liz, a Elizabeth Gilbert. O livro que teve o filme baseado nele é o “Comer, rezar, amar”. Sem dúvidas, o livro mais marcante do ano para mim.       

Eu fui indicada a ler esse livro por Dani, minha melhor amiga há mais de 15 anos e que me conhece às vezes melhor do que eu mesma. Eu lembro bem do que ela me disse quando começou a lê-lo: “Dyne, tu tem que ler esse livro. Eu lembro o tempo inteiro de você”. E com livros, a indicação dela é sempre boa, com filmes nem tanto, mas essa é uma outra estória.

Foi amor à primeira lida. Eu tive uma empatia absurda com a Liz. Viramos amigas de maternidade na primeira página. Íntimas e confidentes. E por tabela, ela me apresentou o Richard do Texas que se tornou o nosso irmão mais velho. Caramba, como ele falava pra mim. Eram tantas as diretas e indiretas certeiras dele, que era comum eu ir dormir chorando tamanho o impacto de suas palavras. É que eu passei a ouvir pelos ouvidos da Liz, a me emocionar com ela. E acabei vendo a Itália, a Índia e a Indonésia pelos seus olhos também.

Eu começei a ler o livro algumas semanas antes de viajar para a Europa e levei-o comigo na viagem. Só que como ele é grande e eu tinha que economizar espaço no mochilão, não o levei para Londres, Paris, Barcelona e Madri. Eu nunca senti tanta falta de um alguém que eu nunca vi na vida como senti falta da Liz. Eu sempre imaginava o que ela estava fazendo na India (parte do livro que eu tinha parado) e no que o Richard estaria dizendo para ela.

Pois é, os livros tem esse poder de fascínio comigo. Eu viajo mesmo na estória. Entro de cabeça e me transporto para o dia, hora e local dos acontecimentos. Eu me entrego à literatura e me permito moldar e mudar por ela. E foi bem assim com Comer, rezar e amar. Eu aprendi muito com os erros e acertos da Liz, com os conselhos do Richard, com tudo que ela viveu e as formas como lidou.

O filme é lindo, mas incomparável – naturalmente – ao livro. Esse livro é um daqueles que vale a pena passar adiante como uma notícia boa. E assim eu fiz em Portugal com uma amiga linda que conheci por lá, a querida Jujuca. Comprei o livro para ela no dia da minha volta e deixei com a minha irmã para entregá-la. Eu só espero, como coloquei na dedicatória, que o livro faça (ou, a essa altura, tenha feito) tão bem a Juliana como fez a mim. E que bem ele me fez...

Um comentário:

  1. Sandryne, faço minhas as suas palavras. Amei o livro e acho que merece ser divulgado a toda a hora, em todo o mundo. É que faz tão bem à alma! (A mim foi uma boa amiga que mo ofereceu como prenda de aniversário. Foi a melhor de todas.)

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